AbortoInterrupção da gravidez, espontânea ou provocada, de um embrião viável ou feto no útero.
Abstinência sexualAusência de relações sexuais.
AdenomioseInvasão benigna da parede muscular do útero por parte do seu revestimento interno.
AderênciaQuando estruturas intra-abdominais se encontram coladas entre si.
AgonistaSubstância (fármaco, transmissor, toxina) que se une e posteriormente estimula um receptor, desencadeando uma série de acontecimentos que conduzem a uma resposta biológica. A união dos agonistas actua sobre um receptor para produzir efeitos similares às ligações naturais enquanto os antagonistas bloqueiam a acção das ligações dos neuro-transmissores. Os fármacos podem ser agonistas directos e indirectos: os primeiros actuam sobre o receptor pós-sináptico e os segundos aumentam os efeitos do neurotransmissor natural sobre o seu receptor, enquanto que os neuro-transmissores conhecidos são agonistas de receptores, ainda que alguns sejam antagonistas funcionais.
Agonista da Hormona libertadora de GonadotropinaAnálogos sintéticos das hormonas naturais libertadoras de gonadotropinas (GnRH), que inicialmente estimulam a hipófise para sintetizar hormona estimulante de folículos (FSH) e a hormona luteinizante (LH) e, posteriormente, inibem os receptores de GnRH. Isto origina um decréscimo da estimulação do ovário e a cessação da liberação cíclica de estrogéneos e progesterona. Em diversos estudos foi observado que estes fármacos podem ser eficazes no tratamento do síndroma pré-menstrual (que inclui depressão, irritabilidade) em 50% a 75% das mulheres tratadas. Não obstante, noutros estudos não se confirmaram estas conclusões.
AmenorreiaAusência de periodos menstruais.
Análise seminalExame também chamado Espermograma, o qual tem o objectivo de quantificar e qualificar os espermatozóides e o líquido seminal. Os principais parâmetros avaliados são: Volume do ejaculado, quantidade de espermatozóides, mobilidade e morfologia.
AndrogêniosHormona que estimula a actividade dos órgãos sexuais masculinos secundários e promove o desenvolvimento das características sexuais masculinas. Também é produzido em pequenas quantidades em indivíduos do sexo feminino
AnejaculaçãoAusência de erecção e/ou de ejaculação devido a lesões da medula espinal ou dos nervos pélvicos, a doenças vasculares, determinadas medicações e distúrbios psicológicos.
AnovulaçãoFalha ou ausência de ovulação.
Aparelho reprodutor masculinoConstituído por: Gonadas (2 testículos); Vias genitais (epidídimo, canal deferente e uretra); Glândulas anexas (próstata, vesículas seminais e glândulas de cowper) e Órgão sexual externo (pénis)
Aspiração folicularVer Punção.
AstenozoospermiaDiminuição da mobilidade progressiva rápida dos espermatozóides.
AzoospermiaAusência de espermatozóides.
BiópsiaRemoção de uma amostra de tecido para exame microscópico.
BlastocistoEmbrião com cerca de cinco dias após a fertilização.
BlastómeroCada uma das células que constitui o embrião numa fase precoce do seu desenvolvimento.
Bolsa escrotalÉ uma bolsa externa de pele e músculo que contém os testículos. É uma extensão do abdómen e está localizado entre o pénis e o ânus. A função da bolsa escrotal, é manter os testículos a uma temperatura inferior à do resto do corpo (34.4º C). O calor excessivo destrói os espermatozóides. Sendo um músculo, o escroto contrai-se e distende-se, conforme seja necessário aumentar ou reduzir, respectivamente, temperatura no seu interior.
Canal cervicalParte mais baixa do útero, interior do colo uterino, que se estende para dentro da vagina. Dilata-se durante o trabalho de parto para permitir a passagem do bebé.
CariótipoAnálise dos cromossomas.
CateterEquipamento descartável extremamente flexível utilizado para transferir os pré-embriões ou gâmetas para o interior da cavidade uterina.
Cavidade uterinaCavidade virtual do interior do útero, onde se encontra um revestimento chamado endométrio.
Ciclo menstrualO ciclo menstrual de uma mulher começa no 1º dia em que ela menstrua e vai até o último dia antes da próxima menstruação. Num ciclo normal, a menstruação demora de 28 a 30 dias para aparecer, e dura, em média, de três a cinco dias. O que determina a quantidade do fluxo é o tamanho do útero, a quantidade de endométrio (revestimento interno do útero) e a quantidade de hormonas: estrogénio e progesterona produzidos pelo ovário. O ciclo menstrual é regido por uma série de alterações hormonais, que funcionam de forma interactiva entre as glândulas hipotálamo, hipófise, ovários, adrenal e tiróide. Qualquer disfuncionamento nesta cadeia de eventos pode levar a mulher a ter alterações na menstruação. O ciclo pode ser dividido em fases, a fase folicular e a lútea, que tem como divisão a ovulação.
CitoplasmaProtoplasma da célula, exclusive o do núcleo.
Colo uterinoParte mais baixa do útero que se estende para dentro da vagina. Esta dilata-se durante o trabalho de parto para permitir a passagem do bebé.
ConcepçãoActo de conceber ou ser concebido.
Concepção assistidaO mesmo que Reprodução Assistida.
Contagem de espermatozóidesO número de espermatozóides num ejaculado. Também chamado de concentração de espermatozóides e expresso como o número de espermatozóides por mililitro.
Corpo lúteoEstrutura que se forma no local de um folículo ovárico após libertar um óvulo. O corpo lúteo liberta estrogénio e progesterona, duas hormonas necessárias para a manutenção da gravidez. Se a gravidez acontece, o corpo lúteo funciona por cinco ou seis meses. Se a gravidez não acontece, ele pára de funcionar.
CriopreservaçãoArmazenamento de órgãos ou tecidos a temperaturas muito baixas. Os embriões que não são usados em ciclos de ART podem ser criopreservados para uso futuro.
CriptorquidiaDescida incompleta dos testículos para o escroto, ficando na região abdominal ou no canal inguinal.
CromossomaEstrutura onde está o material genético responsável pelas funções das células. Temos 23 pares de cromossomas, entre eles o X e o Y (cromossomas sexuais).
CuretagemTambém conhecida por raspagem, é um exame complementar utilizado em ginecologia, quer para diagnóstico quer para tratamento. A curetagem pode ser utilizada para recolha de amostras do endométrio, ou para evacuação do conteúdo uterino duma gravidez não evolutiva, associada a alterações fetais que possa constituir uma ameaça para a mãe. A curetagem exige a dilatação do colo do útero para ter acesso à cavidade uterina; a dilatação é feita com instrumentos próprios que se designam de velas; após a dilatação do colo do útero a colheita de material do endométrio ou a evacuação da cavidade uterina é feita com a utilização dum instrumento designado de cureta.
Curva da temperatura corporal basalRegisto da temperatura da mulher (todas as manhãs, ao acordar e pela mesma hora), com vista à identificação das alterações que representam a ovulação.
Desenvolvimento FolicularCrescimento do(s) folículo(s) que geralmente é acompanhado por exame de ultra-sonografia trans-vaginal.
Diagnóstico Genético Pré-Implantatório (DGPI)Diagnóstico genético realizado a partir da aspiração de um ou mais blastómeros de um pré-embrião ou do primeiro corpúsculo polar do ovócito, obtido por FIV ou ICSI, através de micromanipulação. Pode ser feito em nível génico por técnicas de biologia molecular (PCR – Reacção da Cadeia de Polimerase) ou em nível citogenético (FISH – Hibridização in situ pela fluorescência).
DNA RecombinanteDNA que foi modificado de modo que contenha genes provenientes de duas fontes diferentes. A tecnologia recombinante é frequentemente usada para produzir medicamentos de elevada pureza.
Doação de óvulosProcesso de colecta de óvulos de uma doadora. Estes são fertilizados com o espermatozóide do cônjuge da receptora no laboratório de FIV. Os embriões são transferidos à receptora.
DoadoraPessoa que doa espontaneamente os seus óvulos.
Doenças genéticasDividem-se em dois grupos: as cromossómicas, detectadas no mapeamento cromossómico do feto e os chamados distúrbios monogênicos, comuns em gestantes com idade acima de 35 anos. Os distúrbios monogénicos podem ser detectados em exames, geralmente solicitados pelo obstetra, a gestantes que apresentam doenças ligas ao sexo. Os exames também são indicados para casais portadores de translocações cromossómicas, mulheres que tenham filhos com cromossomopatias (síndrome de Down, entre outras doenças), ou ainda, que tenham filhos com má formação.
EcografiaExame através de ultra-sons para visualizar os órgãos reprodutores; por exemplo, para monitorizar o desenvolvimento folicular.
Eixo hipotálamo-hipófiseEstrutura anatómica entre regiões do cérebro e da glândula hipófise que tem a função de regular todo o sistema endócrino.
EjaculaçãoExpulsão do líquido (sémen) que contém os espermatozóides.
Ejaculação RetrógradaQuando o sémen durante a ejaculação reflui para a bexiga urinária em vez de ser expelido para o exterior através da uretra.
EjaculadoMesmo que liquido seminal (ver sémen).
EmbriãoConjunto de células que se formam após a fertilização de um óvulo com um espermatozóide e que é a primeira etapa do desenvolvimento de um ser vivo. O período embrionário termina na 8ª semana depois da fecundação, quando passa a ser denominado de feto.
Embriões excedentáriosEmbriões resultantes de técnicas de Procriação Medicamente Assistida que não foram implantados no útero da mulher e, por isso, foram congelados até ser decidido o seu destino.
EndométrioMucosa que reveste a parede uterina, é formado por fibras musculares lisas e estimulado por uma hormona folicular chamada estradiol e pela progesterona produzida pelo corpo lúteo (ovário), tem um aumento na sua espessura por ocorrer divisão celular. Não ocorrendo a implantação, o endométrio descola-se da parede uterina e sai pela vagina, o que chamamos de menstruação.
Endometrioma ováricoTambém designados por “quistos chocolate” são quistos que se encontram unidos ao ovário e que contêm tecidos do endométrio. Geralmente medem entre 1 cm e 10 cm e são característicos da endometriose.
EndometrioseDoença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Os locais mais comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga, e parede da pélvis. O principal sintoma é a dor, às vezes muito forte, na época da menstruação. Dores para ter relações também são comuns. Dores na bexiga e no intestino, na época da menstruação, também são sinais que devem ser investigados. Mas muitas mulheres que têm endometriose não sentem nada. Apenas tem dificuldade em engravidar. Por outro lado ter endometriose não é sinónimo de infertilidade, muitas mulheres com endometriose engravidam normalmente. No entanto, 30 a 40 % das mulheres que tem endometriose têm dificuldade em engravidar.
EndometriteInfecções do endométrio causadas geralmente por bactérias de transmissão sexual ou pós-curetagem (micoplasma, clamidea, listeria) ou, em casos menos frequentes, devido a infecções persistentes pelo parasita protozoário toxoplasma ou pelo vírus do colo uterino HPV (vírus do papiloma humano). Estas infecções impedem a implantação e podem provocar abortamento.
EpidídimoO epidídimo (junto aos gemeos) é um pequeno ducto contornado que fica por trás do testículo, no escroto, na base do canal deferente, condutor do esperma do testículo até a próstata. O epidídimo é tão longo como o testículo, em forma de "C" achatado, junto a um dos lados do testículo. É um sistema tubular complexo que colecta o esperma e o acumula até ser necessário. Depois de ter sido armazenado no epidídimo, o esperma avança através do canal deferente até à próstata, onde se mistura com o sémen originário das vesículas seminais e move-se pela próstata até a uretra durante a ejaculação.
EspéculoAparelho usado no exame ginecológico para que possa ser visualizado o colo do útero, popularmente chamado de “bico de pato”.
EspermaVer sémen.
EspermatogéneseProcesso de produção dos espermatozóides.
EspermatozóideCélula reprodutora masculina; o gâmeta masculino. É uma célula com motilidade activa, capaz de nadar livremente, e que consiste numa cabeça e numa cauda ou flagelo. A cabeça, que constitui o maior volume do espermatozóide, consiste no núcleo, onde o material genético está muito concentrado. Os dois terços anteriores do núcleo estão cobertos pelo acrossoma, que, limitado por uma membrana contendo enzimas, facilita a penetração do espermatozóide no óvulo. A cauda é responsável pela motilidade do espermatozóide e na área intermediária da cauda encontramos os produtores de energia celular. Estes vivem em média 24 horas no tracto genital feminino, porém alguns espermatozóides são capazes de fecundar o óvulo após três dias. Existem dois tipos de espermatozóides normais. Um deles contém o cromossoma X (responsável pela formação de um ser do sexo feminino) e o outro contém o cromossoma Y (responsável pela formação de um ser do sexo masculino). Para percorrer a sua trajectória, o espermatozóide necessita nadar 11 centímetros por hora (equivalente a um homem atravessar uma piscina de 50 metros em 5 segundos). Geralmente 200 a 500 milhões de espermatozóides são depositados na parte posterior da vagina, e apenas 300 a 500 alcançam o local da fecundação. O tempo desta corrida pode ser de 5 a 45 minutos. O vencedor entra no óvulo (porém a sua cauda não) e é responsável por uma nova vida.
EspermogramaExame laboratorial que avalia no sémen ejaculado o volume, pH, viscosidade, o tempo de liquefacção, a concentração, a mobilidade, a morfologia e resistência dos espermatozóides, as infecções e a presença de anti-corpos.
EsterilidadeA esterilidade é a incapacidade para produzir descendência. Uma condição irreversível que impede a concepção.
Estimulação da ovulaçãoProcesso através do qual os ovários são estimulados – através da administração de medicamentos – a produzir e libertar mais óvulos do que aquele que, normalmente, a mulher liberta.
EstradiolHormona feminina que nivela o desenvolvimento dos folículos, altamente estrogénica que é um álcool esteróide, fenólico, cristalino, branco (C18H24O2).
EstrogénioHormona que estimula o desenvolvimento das características sexuais secundárias femininas e controla o curso do ciclo menstrual, produzida nos ovários. Também é produzido em pequenas quantidades em indivíduos do sexo masculino.
Estudo hormonalExames solicitados para avaliar a produção das hormonas.
EstufaEquipamento necessário para que ocorra o desenvolvimento dos pré-embriões, pois mantém a mesma concentração de CO2, humidade e temperatura do interior das trompas uterinas.
FecundaçãoUnião de um óvulo com um espermatozóide, a partir da qual é criado um embrião.
FertilidadeEstado ou qualidade de ser fértil.
FertilizaçãoEm biologia, chama-se fertilização ao momento em que um espermatozóide penetra num óvulo e onde a combinação dos seus materiais genéticos cria um embrião. Normalmente ocorre dentro da trompa de Falópio (in vivo), mas também pode ocorrer em uma placa de Petri (in vitro). (Veja também Fertilização In Vitro.).
Fertilização assistidaO mesmo que Reprodução Assistida.
Fertilização “in vitro” (FIV)Expressão latina que designa todos os fenómenos biológicos que têm lugar fora dos sistemas vivos, no ambiente controlado de um laboratório. Significa "em vidro". Foi popularizada pelas técnicas de reprodução assistida (fertilização in vitro). É a técnica mais amplamente utilizada e de facto resolve vários distúrbios da fertilidade, particularmente problemas de tubas uterinas e deficiências dos espermatozóides. Técnica de PMA, através da qual um óvulo é fertilizado fora do corpo da mulher, ou seja, em meio laboratorial. É um processo de quatro etapas. Na primeira delas, a hormona folículo-estimulante (FSH) é utilizada para estimular o crescimento do maior número de óvulos possível. Tal desenvolvimento múltiplo aumenta as chances de fertilização e de gravidez. Na segunda etapa, o hCG é usado para estimular a liberação dos óvulos maduros, que são colectados dos ovários, por via vaginal, utilizando-se uma agulha fina visualizada por ultra-som. Na terceira etapa, os óvulos são transferidos para uma placa no laboratório, na qual são colocados juntamente com os espermatozóides para que ocorra a fertilização. Na etapa final, alguns óvulos fertilizados ou embriões são transferidos para o interior do útero por meio de um cateter.
FetoEntre as oito semanas após a fertilização do óvulo (embrião) e o nascimento da criança.
FibromiomaTumor benigno (não-maligno e que não determina risco de vida) de tecido fibroso que pode ocorrer na parede uterina. Pode ocorrer totalmente sem sintomas ou pode causar padrões menstruais anormais ou infertilidade.
Fluxo menstrualTambém conhecido como menstruação, é o fenómeno fisiológico do período fértil da mulher, que permite a eliminação periódica do endométrio com fluxo sanguíneo. A menstruação geralmente começa nas jovens a partir dos 12 anos de idade. Mas pode começar a qualquer momento entre os 8 e 16 anos.
FolicularReferente a Folículo.
FolículoSacos preenchidos por fluidos existentes no ovário, os quais contêm os ovócitos libertados aquando da ovulação. Em cada mês, desenvolve-se um ovócito dentro do ovário num folículo.
GâmetaUma célula reprodutiva. O espermatozóide em homens, o óvulo em mulheres.
GenótipoConstituição genética determinada pelos alelos de um organismo. Em geral o termo é sinónimo de genoma. O genótipo é a constituição genética de uma característica observada ou proteína, enquanto que os traços macroscópicos visíveis representam o fenótipo.
GestaçãoOs nove meses em que a mulher está grávida. Começa na fertilização do óvulo com o espermatozóide e termina no parto.
GIFTVer Transferência Intrafalopiana de Gâmetas.
GlandeParte final do pénis.
GlândulasTecidos glandulares capazes de elaborar substâncias químicas que são lançadas directamente no sangue. Estas substâncias são denominadas hormonas.
Gonadotrofina coriônica (hCG)A hormona produzida no início da gravidez que mantém o corpo lúteo produzindo progesterona. Também é usada através de injecção para desencadear a ovulação após alguns tratamentos de fertilidade, sendo utilizada também em homens para estimular a produção de testosterona.
Gonadotrofina hipofisáriaVer gonodotrofinas.
GonadotrofinasHormonas que controlam a função reprodutora: Hormona folículo-estimulante (FSH) e hormona luteinizante (LH).
Gravidez anembriónicaGravidez sem embrião.
Gravidez ectópicaSucede quando a implantação e gravidez ocorre na cavidade abdominal (quando o ovócito fecundado cai da trompa para a cavidade abdominal) ou na trompa de Falópio, ao invés de no útero.
Gravidez espontâneaGravidez que ocorre sem recurso a técnicas de PMA, resultante de uma relação sexual desprotegida.
Gravidez múltiplaQuando existem dois ou mais fetos na mesma gestação. Acontece mais frequentemente de forma manipulada. É muito raro ocorrer gravidez múltipla natural com mais de três fetos.
HidroceloAcumulação congénita de líquido no escroto e que causa diminuição da qualidade do sémen.
HidrossalpingeAcumulado de líquido seroso que produz distensão da parede das trompas, que ocorre devido a obstrução do óstio abdominal e uterino de uma ou duas trompas em consequência de malformações, processo inflamatório (mais frequente).
Hiperestimulação ováricaCondição rara, que ocorre quando muitos folículos crescem e causam distensão abdominal, desconforto, náuseas, e algumas vezes dificuldade para respirar. Em casos extremos torna-se necessária a hospitalização. Pode ser evitada pela monitoração cuidadosa.
Hiperplasia benigna do endométrioQuando por desregulação hormonal ou infecção crónica, o endométrio espessa de tal modo que impede a implantação ou induz abortamento.
HiperspermiaAumento do volume do sémen.
HipogonadismoFunção ovárica ou testicular inadequada, que é demonstrada pela baixa produção de espermatozóides ou pela ausência da produção do folículo, assim como por níveis baixos ou ausentes de FSH e LH.
Hipoplasia do endométrioQuando por défices hormonais ou mutações genéticas dos receptores das hormonas estróides para a progesterona e estrogénios, o endométrio não cresce (12-14mm) na altura da implantação, o que dificulta a gravidez.
HipospermiaDiminuição do volume do sémen.
Histerosalpingografia (HSG)A histerossalpingografia é um exame radiológico de diagnóstico de patologias uterinas e tubárias. Consiste na introdução de um líquido inócuo de contraste, através do canal cervical, que vai permitir visualizar a cavidade do útero e avaliar a permeabilidade das trompas.Trata-se de uma técnica segura e de execução rápida uma vez que os avanços científicos e instrumentais dos últimos anos permitiram sintetizar materiais intrusivos mais flexíveis, desenvolver procedimentos técnicos menos dolorosos e baixar a dose de radiação necessária. Além disso, e porque se trata de uma técnica digital, permite uma análise de resultados em tempo real.Em casos de impermeabilidade devido a aderências nas paredes tubárias, a pressão do líquido radiopaco introduzido pode ser suficiente para desobstruir as trompas, razão pela qual algumas mulheres com esta causa de infertilidade conseguem engravidar logo no primeiro ciclo menstrual após a realização do exame.
HisteroscopiaExame que permite a visualização directa do interior do útero, com introdução de um instrumento de óptica via vaginal, denominado histeroscópio, e visualização através do monitor de vídeo.A realização de investigações e diagnósticos é ambulatória e não requer internamento. As histeroscopias cirúrgicas são feitas sem incisões ou cortes, em ambiente hospitalar, com internamento de, no máximo, 24 horas.
Hormona Folículo-estimulante (Follicle Stimulating Hormone, FSH)Hormona hipofisiária que estimula o desenvolvimento folicular e a espermatogénese (desenvolvimento dos espermatozóides). Na mulher, a FSH estimula o crescimento dos folículos ováricos. No homem, a FSH estimula as células de Sertoli nos testículos e dá suporte à produção de espermatozóides. Níveis elevados de FSH estão associados com insuficiência gonadal tanto em homens quanto em mulheres.
Hormona Liberadora de Gonadotrofinas (Gonadotropin Releasing Hormone, GnRH)Substância segregada a cada noventa minutos por uma parte do cérebro chamada hipotálamo. Essa hormona faz com que a hipófise segregue LH e FSH, o que estimula as gónadas.
Hormona Luteinizante (Luteinizing Hormone, LH)Hormona hipofisária que estimula as gónadas. No homem, a LH é necessária para a espermatogênese e para a produção de testosterona. Na mulher, a LH é necessária para a produção de estrogénio.
HormonasSubstância química específica segregada pelo sistema endócrino, que é produzida num órgão ou em determinadas células do mesmo e é liberada e transportada directamente pelo sangue ou por outros fluídos corporais. A sua função é exercer uma acção reguladora (activadora ou inibidora) em outros órgãos ou regiões do corpo. Em geral trabalham devagar e agem por muito tempo, regulando o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução e as funções de muitos tecidos, bem como os processos metabólicos do organismo. Nas mulheres, por volta dos 40 anos de idade, há uma queda brusca na produção de hormonas, que é chamada de menopausa; nos homens, essa queda é chamada de andropausa.Algumas hormonas mais conhecidas são as que regulam as funções sexuais dos mamíferos (a testosterona e o estrogénio) e hormonas que regulam o nível de glicose no sangue (como a insulina).
Implantação do EmbriãoA inserção do embrião no interior do tecido de modo que possa estabelecer contacto com o suprimento de sangue da mãe para a sua nutrição. A implantação usualmente ocorre na camada que recobre internamente o útero; no entanto, numa gravidez ectópica, pode ocorrer noutro local.
Indução da ovulaçãoTratamento médico realizado para iniciar a ovulação.
InfertilidadeA incapacidade de conceber após um ano de relações sexuais não protegidas (seis meses se a mulher tem mais de 35 anos de idade) ou a incapacidade de manter a gravidez até o termo.
Injecção Intracitoplasmática de Espermatozóide (Intracytoplasmic Sperm Injection, ICSI)Uma micromanipulação (ocorre sob microscopia), procedimento no qual um único espermatozóide é injectado directamente no interior do óvulo para possibilitar a fertilização com contagens de espermatozóides muito baixas ou com espermatozóides não-móveis (espermatozóides que não nadam efectivamente em direcção ao óvulo). O embrião é, então, transferido para o útero.
Inseminação Artificial (Artificial Insemination, AI)Introdução de espermatozóides directamente no interior da vagina ou no útero, com o uso de um cateter. Geralmente é indicada para casais com infertilidade masculina, como baixo volume de sémen, baixa concentração ou motilidade diminuída dos espermatozóides bem como para problemas de desempenho sexual e para utilização de um dador de espermatozóides. Mas a inseminação artificial também pode ser utilizada para tratar casos de infertilidade feminina, como problemas do muco cervical ou factores imunológicos. É um procedimento relativamente simples e indolor, realizado no consultório médico. Numa técnica denominada inseminação intra-uterina (IIU), o médico insere os espermatozóides directamente no interior do útero, próximo do momento da ovulação. Caso a mulher tenha muco cervical em pequena quantidade ou ausente, esse procedimento aumenta as hipóteses de fertilização. Algumas vezes, mais de uma inseminação é realizada para garantir que a inseminação coincida com a ovulação.
Inseminação intra-uterina (IIU)Procedimento no qual o médico coloca os espermatozóides directamente no interior do útero através do colo usando um cateter.
Insuficiência ováricaIncapacidade do ovário de responder à estimulação da FSH proveniente da hipófise, devido a lesão ou malformação do ovário, ou a uma doença crónica, tal como uma doença auto-imune. É diagnosticada por FSH elevada no sangue.
LaparoscopiaExame da região pélvica, usando um pequeno telescópio chamado de laparoscópio, para observação da cavidade abdominal, introduzido numa incisão abaixo do umbigo.
Laqueação tubáriaLigadura cirúrgica das trompas de falópio, que fazem o caminho dos ovários até o útero.
Líquido folicularLíquido do interior dos folículos que possuem várias substâncias necessárias para o crescimento e nutrição do óvocito.
Líquido seminalLíquido onde existem os espermatozóides, resultado de uma mistura de secreções originadas da próstata, vesículas seminais e glândulas bulboretrais.
Maturação espermáticaProcesso através do qual os espermatozóides adquirem a capacidade de entrar em contacto com o ovócito, penetrar nos seus revestimentos e fundir com seu núcleo (capacidade de fertilização). Este processo envolve uma série de trocas moleculares entre os espermatozóides e os fluídos epididimários. Durante a maturação espermática, os espermatozóides também desenvolvem a sua capacidade de mobilização (motilidade espermática).
Meio de culturaDestinam-se ao cultivo de microorganismos. Estes meios fornecem os princípios nutritivos indispensáveis ao seu crescimento. Entre os principais estão uma fonte de carbono (geralmente açúcar) e energia.
MenopausaFim da ovulação da mulher e, logo, da sua capacidade reprodutiva.
MenstruaçãoCiclo mensal que se traduz numa pequena hemorragia, resultante de um óvulo que, aquando da ovulação, é libertado e não fertilizado.
MESA (Microsurgical Epididymal Sperm Aspiration)Aspiração Microcirúrgica de Espermatozóide do Epidídimo. Técnica de obtenção de espermatozóides no epidídimo de homens azoospérmicos, em geral por causa obstrutiva, através de aspiração microcirúrgica do epidídimo exposto por incisão da bolsa escrotal.
MicromanipulaçãoUma variedade de técnicas que podem ser realizadas num laboratório sob microscopia. Um embriologista manipula o óvulo e os espermatozóides para aumentar as hipóteses de gravidez. (Veja Injecção Intracitoplasmática de Espermatozóides, ICSI.)
MicromanipuladorAparelho utilizado para a realização da Injecção Intracitoplasmática de Espermatozóides, ICSI. (Veja Injecção Intracitoplasmática de Espermatozóides, ICSI.)
MiomaTumor benigno (não-maligno e que não determina risco de vida) de tecido fibroso que pode ocorrer na parede uterina. Pode ser totalmente sem sintomas ou causar padrões menstruais anormais ou infertilidade.
MobilidadeO mesmo que motilidade.
Monitorização da ovulaçãoObservação, através de ecografias, da ovulação, nomeadamente quando esta é estimulada por medicamentos.
MorfologiaForma dos espermatozóides em relação às três principais partes analisadas. Cabeça, peça intermediária e cauda.
MotilidadeCapacidade dos espermatozóides em nadar. Motilidade deficiente significa que os espermatozóides têm dificuldade para nadar em direcção ao óvulo.
Muco cervicalSecreção eliminada pelo colo uterino por acção da hormona Estrogénio. Normalmente é espesso, mas torna-se mais fino durante o período de ovulação, possibilitando a passagem dos espermatozóides da vagina para o útero e sua sobrevivência.
NecrozoospermiaImobilidade total por morte dos espermatozóides.
NúcleoParte da célula que possui o DNA.
OligozoospermiaDiminuição da concentração (número) dos espermatozóides.
OvárioÓrgão reprodutor feminino onde são produzidos os gâmetas femininos, os óvulos. Produz hormonas, como o estrogénio e a progesterona.
Ovários PoliquísticosOvários com tamanho acima do normal e com quistos.
OvócitosÓvulo assim que sai do folículo. É o mesmo que o óvulo.
OvulaçãoLibertação do óvulo a partir do folículo ovárico.
ÓvuloCélula sexual feminina produzida pelos ovários. Após a fecundação, o óvulo passa a chamar-se zigoto.
PénisÓrgão sexual dos indivíduos do sexo masculino, que contém os canais dos aparelhos urinário e genital que comunicam com o exterior do corpo. É, portanto, um órgão com uma função dupla: na reprodução e na excreção da urina.
Período fértilOs dias próximos da ovulação.
PESAAspiração percutânea de espermatozóides do epidídimo.
Pico da Hormona Luteinizante (Pico do LH)Libertação de hormona luteinizante (LH) que causa libertação de um óvulo maduro a partir do folículo.
PólipoDestina-se a denominar tumores benignos que se fixam na cavidade uterina e no colo do útero por uma haste ou pedículo. Os pólipos endometriais são proliferações glandulares focais organizadas da camada basal, havendo crescimento excessivo do tecido epitelial, estroma e vasos sanguíneos em quantidades variáveis. Causam frequentemente hemorragias, impedem a implantação devido a ocuparem espaço e a desencadearem inflamação e podem induzir abortamento.
Pré-embriãoResultado da fertilização do ovócito pelo espermatozóide.
PrepúcioTecido de pele que recobre a Glande.
Processamento seminalTécnicas laboratoriais que removem o plasma seminal e procuram isolar espermatozóides móveis, separando-os dos outros constituintes celulares.
Procriação Medicamente Assistida (PMA)Reprodução resultante da intervenção médica.
ProgesteronaHormona feminina, produzida pelo corpo lúteo durante a segunda metade de um ciclo menstrual. Espessa a camada de revestimento interno do útero com o fim de prepará-la para aceitar a implantação de um óvulo fertilizado.
ProlactinaHormona que estimula a produção do leite materno nas mulheres. Níveis elevados de prolactina resultam numa condição conhecida como hiperprolactinemia, uma condição que interfere na ovulação. Os testes sanguíneos para determinar se essa é a causa de um problema ovulatório usualmente são realizados no início do ciclo.
PunçãoAspiração do líquido folicular, onde estão presentes os folículos, com vista à posterior inseminação com os espermatozóides. O procedimento é realizado através da vagina, utilizando-se uma agulha e ultra-sonografia para localizar o folículo no ovário.
QuistosEstruturas de forma ovóide, constituídas por um saco sem orifício de abertura, contendo no seu interior um fluido, e que podem aparecer em cavidades, tecidos e órgãos do corpo humano.
Quistos funcionaisAcontece quando não se consegue romper o folículo e o ovócito não é libertado.
ReceptoraPaciente que receberá pré-embrião(ões) provenientes de ovócitos de doadoras fertilizados com espermatozóides do seu parceiro.
Recuperação do óvuloProcedimento usado para obtenção de óvulos a partir dos folículos ováricos para uso em fertilização in vitro. O procedimento pode ser realizado durante laparoscopia ou através da vagina, utilizando-se uma agulha e ecografia para localizar o folículo no ovário.
Redução embrionáriaDesvitalização de embriões para que os restantes se desenvolvam normalmente. É uma hipótese para casos de gestações múltiplas.
Reprodução AssistidaVer Tecnologias de Reprodução Assistida.
SalpingectomiaRemoção cirúrgica de uma trompa.
SalpingiteInflamação das trompas geralmente causadas por infecção.
SémenO mesmo que esperma. É um líquido esbranquiçado que se elimina pela uretra (canal no interior do pénis que também transporta a urina) durante a ejaculação. O sémen é o resultado de uma mistura de secreções originadas nos testículos, onde se produzem os espermatozóides, com as secreções da próstata, vesículas seminais e glândulas bulboretrais. Normalmente, cada centímetro cúbico de sémen contém milhões de espermatozóides, embora a maior parte do volume do sémen seja formado pelas secreções das glândulas do aparelho reprodutor masculino (principalmente próstata e vesículas seminais).
Síndrome dos Ovários Micro-Poliquísticos (SOMP)Doença caracterizada pela presença de micro-quistos ovarianos encontrados na periferia dos ovários, associada com alterações do ciclo menstrual ou em alguns casos com ausência de menstruação, podendo estar associada a aumento de pelos e obesidade. Pode ocasionalmente dificultar a gestação.
SinéquiaO mesmo que Aderência. A aderência ou sinéquia intra-uterina, é a aderência parcial ou total das faces internas da cavidade uterina por lesão do endométrio, ocorre principalmente após infecções genitais ou após manobras ou procedimentos intra-cavitários, especialmente curetagens uterinas drásticas ou repetidas, quase sempre após abortamento ou parto. Dificultam a implantação e podem induzir abortamento.
Tecnologias de Reprodução Assistida (Assisted Reproductive Technologies, ART)Alguns casais necessitam de procedimentos mais sofisticados, conhecidos como tecnologias de reprodução assistida (ART, do inglês), que ajudam a unir o espermatozóide ao óvulo ou seja ajudam a concepção sem relações sexuais. ART representa uma esperança aos casais que não respondem aos outros tratamentos e envolve as mesmas terapias hormonais utilizadas na indução da ovulação, além de técnicas para aumentar a fertilização do óvulo pelo espermatozóide.
TeratozoospermiaDiminuição do número de espermatozóides morfologicamente normais.
TESA (Testicular Sperm Aspiration)Aspiração Testicular do Espermatozóide – Técnica de obtenção de espermatozóides no testículo através de aspiração percutânea com agulha.
TESE (Testicular Sperm Extraction)Técnica de obtenção de espermatozóides por biópsia testicular. Pode ser realizada por via cirúrgica ou percutânea com agulhas de biópsia.
Teste Pós-CoitalExame microscópico do muco cervical realizado após a relação sexual para determinar a compatibilidade do muco com o espermatozóide. Utilizado para detectar problemas na interacção espermatozóide-muco e a qualidade do muco cervical.
TestículoGonada sexual masculina dos animais sexuados produzindo as células de fecundação chamadas de espermatozóides (os gâmetas masculinos). Geralmente ocorre aos pares e encontram-se protegidos por uma bolsa, chamada escroto ou no interior do corpo dos animais (geralmente os répteis ou os marinhos). Também têm função de glândulas produzindo hormonas masculinas. A sua função é homóloga à dos ovários das fêmeas. Nos seres humanos, os testículos são suspensos pelos cordões espermáticos formados por vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, cremaster, epidídimo e canal deferente.
TestosteronaHormona masculina responsável pela formação de características sexuais secundárias e que dá suporte à estimulação sexual. A testosterona também é necessária para a espermatogénese (desenvolvimento dos espermatozóides).
Transferência de blastócitoUm avanço recente no tratamento da infertilidade, no qual os embriões se desenvolvem por 4 ou 5 dias (até que atinjam a fase de blastócito) em vez dos usuais 2 ou 3 dias da FIV.
Transferência de embriãoColocação de um óvulo, que foi fertilizado fora do útero, no interior do útero ou da trompa de Falópio de uma mulher.
Transferência de pré-embriõesColocação de um ovo (pré-embrião), que foi fertilizado fora do útero, no interior do útero ou da trompa de Falópio de uma mulher.
Transferência Intrafalopiana de Gâmeta (Gamete Intrafallopian Transfer, GIFT)Técnica de PMA em que a fertilização do óvulo da mulher com o espermatozóide do homem decorre no interior da trompa de Falópio.
Transferência Intrafalopiana de ZigotosTécnica de PMA que consiste na introdução nas Trompas de Falópio de zigotos.
Tratamento de fertilidadeQualquer método ou procedimento usado para aumentar a fertilidade ou aumentar a probabilidade de gravidez, tal como o tratamento de indução da ovulação, correcção de varicocelo (reparação de veias varicosas no saco escrotal) e micro cirurgia para correcção de trompas de Falópio lesadas. A meta do tratamento de fertilidade é ajudar os casais a ter filhos.
Trompas de FalópioOu tubas uterinas, são dois canais extremamente finos que ligam os ovários ao útero e pelos quais os óvulos passam até chegar ao útero, após serem libertados do folículo. Os espermatozóides normalmente encontram o óvulo na trompa, o local no qual a fertilização usualmente acontece. O nome é em homenagem ao seu descobridor, o anatomista italiano do século XVI, Gabriele Falloppio. Existem duas trompas de Falópio, cada uma ligando a um lado do útero e terminando perto de um ovário. Entretanto, as trompas de Falópio não estão directamente ligadas aos ovários, mas abertas na cavidade peritonial (o interior do abdómen). Desta forma, elas são uma ligação directa entre a cavidade peritonial e o exterior do corpo feminino, via a abertura da vagina. Nos seres humanos, as trompas de Falópio têm por volta de 7 a 14 cm.
Ultra-sonografia trans-vaginalExame utilizado em detrimento dos raios-X para visualizar os órgãos reprodutores; por exemplo, para monitorizar o desenvolvimento folicular.
VaginaÓrgão sexual feminino dos mamíferos, parte do aparelho reprodutor que consiste num pequeno canal que se estende do colo do útero à vulva.
VaricoceloVarizes do escroto. Causa diminuição da qualidade do sémen.
VasectomiaNa vasectomia há ligadura (que quer dizer interrupção, no jargão médico) dos dois ductos deferentes (pequenos ductos que levam os espermatozóides dos epidídimos e testículos até a uretra prostática). Os testículos continuarão a funcionar normalmente, sendo que apenas os espermatozóides produzidos não sairão mais pela ejaculação e serão absorvidos.
VasectomizadosHomens que passaram pela cirurgia de Vasectomia.
VulvaVulva é a parte externa do orgão genital feminino. Externamente pode ser revestida por pêlos púbicos. É constituída pelos grandes lábios (labia majora), revestidos internamente por tecido muscular. Em seguida há um par de pregas mais finas, os pequenos lábios (labia minora), que podem ou não estar inclusos nos grandes lábios. No interior dos lábios encontram-se o clítoris, a abertura da uretra e a abertura da vagina.
ZIFTVer Transferência Intrafalopiana de Zigotos.
ZigotoÓvulo fertilizado, antes de começar a divisão celular (embrião).